Dieta Macrobiótica: Prós e contras

Dietas

Hoje em dia existem diversas dietas, que prometem os mais diversos benefícios. Hoje, iremos falar sobre Dieta Macrobiótica, que configura em um modo de vida, e não necessariamente um conjunto de alimentos distribuídos em um cardápio. Tem como principal conceito a relação harmoniosa com a natureza, trazendo assim diversos benefícios.

Ela foi criada pelo japonês George Ohsawa, e chegou ao Brasil no final dos anos 60. A Dieta Macrobiótica, do grego makros (grande) e bio (vida) está diretamente relacionada aos conceitos de taoismo e yin-yang e busca a plenitude da vida com o equilíbrio alcançado na conjunção perfeita dos elementos e alimentos.

O termo yin-yang significa a dualidade presente no cosmos, duas forças que se complementam. O yin é o feminino, o yang o masculino. Estas duas figuras representam o passivo e o ativo, o escuro e o claro. Esta ideia de complementariedade e equilíbrio é um dos principais pilares do taoismo que é uma filosofia chinesa que prega, sobretudo, o contato com a natureza em todos os sentidos, pois o ser humano é uma parte do todo.

A Dieta e seus benefícios

A Dieta Macrobiótica apropriou-se destes conceitos de equilíbrio, interdependência e da dinâmica da dialética e busca fazer com que as pessoas encontrem o bem estar e a plenitude a partir da combinação do que comem. Os alimentos são classificados em yin e yang e devem ser consumidos em harmônia. Alimentar-se exclusivamente de um causaria descompasso na vida da pessoa.

Os alimentos yin dão à pessoa que o alimenta característica mais passiva, e se não houver equilíbrio pode acarretar o abatimento e até a depressão. São ricos em água e potássio. São eles milho, aveia, lentilha, abóbora, tomate, berinjela, espinafre, alho, dentre outros.

Os alimentos yang dão mais agressividade e ansiedade e também não devem ser alimentados sem a complementariedade dos alimentos yin. Possuem mais sódio e menos água. Estão entre eles o alface, cebola, salsa, alecrim, agrião, etc.

Assim, o equilíbrio é a melhor opção. Os alimentos que estão na linha de equilíbrio basicamente seguem o critério de serem o mais naturais possíveis, evitando os alimentos industrializados e muito processados. Neste ponto, os alimentos integrais são os carros chefes, acompanhados pelas frutas e vegetais.

Proteínas advindas de gados e porco são praticamente banidas do cardápio, então carnes e laticínios são proibidos, assim como açúcar, produtos industrializados e álcool. Alimentos lácteos, café, chás cafeinados, energéticos, chocolate, farinha refinada, pimentas, aves e batatas também são alimentos não permitidos no cardápio. Os alimentos mantidos são: peixes, grãos, e vegetais em geral.

Com tantas restrições, esta se torna uma dieta difícil de seguir pois requer mudança de hábitos e uma reeducação alimentar e de estilo de vida. O objetivo não é emagrecimento e sim qualidade de vida, e como as escolhas e quantidades de alimentos ingeridos podem variar, a perda de peso não pode ser garantida.

Na alimentação macrobiótica padrão, de 50 a 60% do consumo diário vem de cereais integrais. Sopas são ingeridas de 1 a 2 vezes por dia, pois são parte de uma alimentação leve. De 25 a 35% são representados por vegetais crus. Ademais, de 10 a 15% são leguminosas e algas. As oleaginosas recomendadas são nozes, castanhas e amêndoas.

A dieta macrobiótica não só se atenta ao alimentos utilizados, mas também a preparação deles. O cozimentos acontece com pouca água, e jamais é utilizado microondas ou panelas elétricas. O objetivo é preparar tudo organicamente, com métodos antigos. É recomendado dar prioridade aos cereais como arroz, aveia, cevada, centeio, trigo, painço, milho, e às sementes, como de gergelim, abóbora, linhaça e etc.

Apesar da dieta ser muito equilibrada e natural, ela possui um nível elevado de carboidratos e cereais, de forma muito calórica. Assim, de forma alguma ela irá ajudar no emagrecimento. Também, por possuir pouca proteína, não é recomendada para atletas que tem como objetivo o ganho de massa muscular.

A dieta macrobiótica é difícil de ser seguida, pois representa uma mudança drástica tanto alimentar quando espiritual, pois nada adianta, para essa filosofia, se manter purificado no organismo, mas com a mente cheia e atordoada. Existem outras dietas semelhantes a essa, como a crudívora e a vegana.

A crudívora, também conhecida como raw food, consiste na ingestão apenas de alimentos crus, o que proporciona a maior ingestão de nutrientes. Já o veganismo não inclui em seu cardápio alimentos derivados de animais, como mel, leite, manteiga, dentre outros. Ambas são uma mudança de mentalidade também, pois com certeza é difícil de se manter no foco, caso seu objetivo seja somente estético, com tantas opções.

Você conhece alguma destas dietas? Pratica uma delas? Deixe aqui nos comentários suas dúvidas e experiências.

Por Vânia nas categorias Dietas. Tags: bem estar, Crudívora, dieta, Dieta equilibrada, dieta macrobiótica, Dieta natural, Dieta sem carne, reeducação alimentar, veganismo